Daqui a exatamente oito dias, será realizado o primeiro turno das Eleições 2012, marcado para o dia 7 de outubro. No dia da votação, os eleitores poderão comparecer às urnas a partir das 8h em seu local de votação para escolher novos prefeitos e vereadores de suas cidades.
Antes de abrir a urna para receber o voto do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos ligará a máquina às 7h30 na presença dos mesários e fiscais de partidos políticos. Quando for ligada, ela emitirá o relatório chamado “zerésima”, que traz toda a identificação daquela urna e comprova que nela estão registrados todos os candidatos e que nenhum deles computa voto, ou seja, a urna tem zero voto.
Com o início da votação, o mesário recebe do eleitor o seu documento de identificação e título de eleitor, digita o número do título no terminal do mesário e, por meio do nome mostrado na tela desse terminal, o mesário identifica o eleitor e o autoriza a votar. Para isso, o mesário pressiona a tecla CONFIRMA a partir do seu computador e libera a urna eletrônica localizada em uma cabina inviolável para que o eleitor possa registrar seu voto.
A votação será encerrada às 17h e os dados contidos nos flash cards (cartões de memória contidos nas urnas) são gravados criptografados em uma mídia de resultado (pendrive), que é encaminhado ao local próprio para transmissão até o Tribunal Regional Eleitoral. Todos os programas utilizados nas urnas eletrônicas e sistemas correlatos são desenvolvidos no Tribunal Superior Eleitoral. Existe uma versão única dos programas para as eleições e isso significa que qualquer que seja o local onde a urna será utilizada (da aldeia indígena à capital) a versão é a mesma e as possibilidades de auditoria para verificar a integridade e autenticidade do equipamento são as mesmas.
Os votos são armazenados em duas mídias (uma memória interna e outra externa) e são assinados digitalmente. Caso alguém tente alterar os votos, mesmo com a urna desligada, a urna verificará a inconsistência (assinatura digital será inválida) e emitirá um alerta de erro de integridade. O armazenamento em duas mídias também previne a perda de votos, pois, em caso de defeito de uma das memórias, é possível recuperar os votos e outros dados. Em caso de falha na urna eletrônica, também existem procedimentos de contingência, que são urnas preparadas especialmente para isso e que podem substituir em poucos minutos a urna com falha.
O encerramento da votação é feita pelo presidente da seção eleitoral utilizando senha própria. Em seguida, ele emite o boletim de urna da seção, que corresponde ao relatório impresso em cinco vias pela urna eletrônica e mostra a identificação da seção eleitoral; a identificação da urna; o número de eleitores que compareceram e votaram; e o resultado dos votos por candidato e por legenda.
Confira aqui o seu local de votação.
CM/GA
IRMÃ LUCINETH, O PT, OS MEIOS E FINS SEGUNDO OS CONSELHOS DE MAQUIAVEL.
ResponderExcluirPor Juvenil Gonçalves
Muitos são as interpretações para a citação do célebre pensador florentino Nicolau Maquiavel: “OS MEIOS JUSTIFICAM OS FINS” ou o contrário.
Para o teólogo jesuíta Herman Busenbaum que escreveu o manual de ética em 1645 (em latim) denominado Medulla theologiae moralis. Lê-se:
cum finis est licitus, etiam media sunt licita ("Quando o fim é bom, também são os meios"). Mas ele quis dizer que ser cristão é acreditar que pelos meios justos é que podemos chegar aos fins. Para outros intérpretes do pensamento, Maquiavel não quis dizer que qualquer atitude é justificada dependendo do seu objetivo, mas sim que os fins determinam os meios, isto é, de acordo com o objetivo é que se traçam os planos de como atingi-lo.
É demais por comum ouvirmos essa citação nos quatro cantos desse mundo de meu Deus. Esta polêmica e discutida afirmativa não pode ser abrangida sobre todos os aspectos das situações que vivenciamos no nosso cotidiano porque ela não condiz como uma verdade absoluta. Uma pessoa para alcançar o seu objetivo, usa desculpas e age para ajudar a um amigo ou ente querido, munindo-se de métodos ilegais e imorais. No seu modo de pensar, essa pessoa tem o entendimento que se o fim a ser alcançado é ético, os meios (seja quais forem) utilizados para atingi-lo, estão justificados.
Trazendo esta polêmica para os últimos acontecimentos na política de São Mateus do Maranhão com a aliança de Genilson Alves com o desgastado prefeito Francisco Rovélio e a posterior desfiliação de uma das grandes reservas éticas desse estado, a ex-freira e agora bacharel em direito Lucineth Machado, esta sistemática merece uma reflexão mais profunda.
Irmã Lucineth, em sua carta de desfiliação do PT (Partido dos Trabalhadores), deixou claro e evidente a sua tristeza e indignação com tal atitude tomada pelos burocratas do partido em âmbito nacional, estadual e municipal. Na interpretação do conteúdo da redação ela mostra que, como Advogada e pessoa de bem, se fosse contratada por um cidadão qualquer para defender os seus direitos e usasse de recursos que contrariam o fim visado, que é fazer justiça, estaria cometendo um ato extremamente contraditório ao seu código de ética pessoal. Um profissional ou pessoa pública tem, em primeiro lugar, que observar a situação como um todo, e não apenas partes dela. Se o meio é fazer com que a justiça aconteça, de forma alguma cometendo outras tantas injustiças é que terá cumprido o seu dever que é o fim. Na concepção de Irmã Lucineth, no caso em foco, o fim, não justifica os meios, porque estes se chocam contra os seus princípios.
Portanto, se a intenção for boa, os meios utilizados devem ser também bons, justos e morais. Qualquer tese só pode ser derrubada por uma antítese. Caso contrário será reforçada em vez de anulada. Os fins nem sempre justificam os meios. É preciso que os meios sejam coerentes com os fins objetivados. Não se pode combater um mal com um mal maior ou equivalente. E, acima de tudo, é preciso que o homem não seja, jamais, usado como meio para se chegar a fins que não tenham relação direta com a sua felicidade e progresso intelecto-moral.