sábado, 12 de fevereiro de 2011

Índios libertam reféns no Maranhão

Entre os sequestrados estava o prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atemir Botelho (PT), e seis funcionários da Vale

A empresa Vale informou nesta quinta-feira que os índios Guajajara na cidade de Alto Alegre do Pindaré, distante 220 quilômetros de São Luís, liberaram os reféns mantidos desde a tarde de quarta-feira. Os indígenas protestam contra o sucateamento de um posto de saúde da aldeia Maçaranduba, na Terra Indígena Caru. Entre os sequestrados estava o prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atemir Botelho (PT), e seis funcionários da mineradora.

A Vale informou ainda que está acionando todos os meios legais para responsabilizar civil e criminalmente os autores dos delitos.

No início da tarde desta quarta-feira, seis funcionários da Vale foram sequestrados pelos índios quando eles interditaram a Estrada de Ferro Carajás (EFC). Depois de três horas, a ferrovia foi liberada, mas os funcionários ainda ficaram em poder dos índios. Na tarde de hoje, três funcionários da companhia e o prefeito de Alto Alegre do Pindaré foram até a aldeia para tentar negociar a liberação dos demais reféns e achar uma solução para o impasse. Sem acordo, eles também foram sequestrados pelos índios.

Segundo a vereadora de Alto Alegre do Pindaré, Carmelita Laura (PMDB), os índios querem, principalmente, um novo posto médico porque o atual sucateado. Além disso, faltam remédios e esparadrapos. A escola indígena, segundo a vereadora, facilitaria a educação na aldeia, uma vez que apenas um colégio presta esse tipo de assistência aos Guajajara. A ponte tem como função facilitar o acesso dos índios à cidade de Alto Alegre do Pindaré. “Para chegar à cidade, os índios precisam atravessar o rio em um barco”, descreve a vereadora.

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