sexta-feira, 26 de agosto de 2011

VEREADOR DE PIRAPEMAS APRESENTA FILHOS ACUSADOS DE ASSASSINATO

O vereador Conceição Brandão apresentou, ontem, às 11 horas, na Delegacia da Cidade Operária, em São Luis, seus filhos Adiel Santos Colares e Samuel Santos Colares, acusados do assassinato de Vicente Mesquita, no último dia 23, no município de Pirapemas. Os dois jovens prestaram depoimento na Superintendência de Polícia do Interior, da Secretaria da Segurança Pública, às 15 horas. Eles foram ouvidos pelo delegado José Nilton Souza.
Adiel Santos Colares e seu irmão Samuel foram levados ao Instituto Médico Legal, onde foram submetidos aos exames de corpo de delito, para comprovação de que sofreram ferimentos durante o entrevero.
Veja abaixo Relato da Tragédia, escrito pelo vereador Conceição Brandão, pai de Adiel e Samuel:
O vereador Conceição Brandão relata a tragédia ocorrida em Pirapemas no dia 23/08/11, que ocasionou a morte do senhor Vicente
Aconteceu que no mês de janeiro deste ano. Eu estava em minha casa, por volta das 19:00 horas, quando ouvi um barulho na esquina da rua e sai para ver o que estava acontecendo. Percebi que era um senhor Vicente que discutia com outra pessoa e os dois estavam quase brigando. De repente apareceu a viatura da Polícia Militar e logo depois acabou a confusão. Minutos depois, o senhor Vicente chegou a minha casa, me procurando se teria sido eu que tinha ligado para polícia vir prender ele. Eu, humildemente, respondi que não. Ele saiu e, depois, voltou novamente afirmando que tinha sido eu mesmo. E começou a me xingar de todo nomes imorais, usando toda forma de baixaria, além de tentar invadir a minha casa.
Foi aí que apareceu o meu filho Samuel e pediu para o Vicente ir embora. Após muita insistência, Vicente se retirou, mas me ameaçou muito, prometendo que iria me encher a cara de bala. Eu não registrei a ocorrência na Polícia, porque achei que ele estaria agindo daquela forma motivado pelas drogas e álcool, de que o mesmo era usuário e, também, porque eu, meu pai e toda minha família éramos amigos dos seus pais, dos seus irmão e, também, pensando em não complicar mais a situação. Achando que ele poderia se revoltar mais e para evitar maiores problemas, chamei um dos irmãos do Vicente, o senhor Mesquita, e pedi pra ele dar uns conselhos para ele, a fim de minimizar a situação. Ele me disse: “seu Brandão, eu lamento muito e estou com vergonha do senhor, após saber de tudo isso que aconteceu, mas o Vicente não atende ninguém, nem ao pai, nem à mãe. Então, eu não posso fazer nada com respeito a esse problema”.
Daí por diante, eu sempre sabia de noticias que ele falava que iria acertar as contas comigo e com Samuel, meu filho. E eu não podia fazer nada, porque se nem seus pais ele não atendia quanto mais a mim, que para ele era seu inimigo. Só fiquei torcendo para que não acontecesse o pior.
Quando foi no dia 23 deste mês, por volta das 23:00 horas, eu fui avisado pela meu filho Adiel, que estava na sua banca de vender Guaraná da Amazônia, na Praça João Lisboa, quando Vicente chegou aparentando estar drogado e disse pra ele me dar um recado de que estava com o revolver cheio de balas e iria descarregar todinho na minha cara e no meu filho Samuel. Após me avisar, meu filho pediu que eu não saísse mais para a rua, naquela noite, foi avisar, também, ao seu irmão, para que, também, não saísse para rua, a fim de evitar confusão. Após chegar a sua casa, sentou-se ainda um pouco na calçada e, logo, percebeu que o Vicente vinha lhe seguindo e, ao se aproximar dele, começou a lhe xingar, e esculhambar. Como Adiel não reagiu contra ele, Vicente partiu para agressão e deu-lhe um soco na cara. Ai travaram uma luta corporal, inclusive, jogando tijolos, um no outro. Depois, se agarrarão novamente. Foi quando chegaram diversas pessoas para apartar a brigar e o Adiel correu pra dentro de casa. Vicente ficou tentando arrombar a porta da casa, onde se encontravam, além do Adiel , sua esposa e filhos, estava também a sua mãe, que gritava por socorro. Foi, então, que chegou o seu irmão Samuel e pediu para o Vicente parar com aquilo. O Vicente, ao invés de parar, partiu para o Samuel que, desesperado, pensando ter acontecido alguma coisa com seus familiares, enfrentou Vicente, ferindo-lhe com objeto cortante, que eu não sei o que era.
Infelizmente, a confusão terminou com a morte do Vicente. E não era isso que eu queria, de forma alguma. Os meus filhos nunca tiveram metido em nenhuma confusão. São uns meninos trabalhadores e não gostavam de briga com ninguém.
Eu só tenho a lamentar por minha família e pela família do Vicente.
Para mim, não passou de uma fatalidade, nada premeditado. Eu nunca desejei uma situação dessa para ninguém. Muito menos pra mim.
blog do Udes Cruz

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