80% das leis orgânicas no Maranhão estão desatualizadas
O
procurador-legislativo da Prefeitura Municipal de São Luís, Samuel Melo,
chamou a atenção de todos os participantes do 1º Encontro dos
Legisladores Municipais para a necessidade de uma ampla revisão nas leis
orgânicas da maioria das cidades maranhenses. Segundo ele, a maioria
esmagadora das cidades não possui leis atualizadas em relação às
constituições estaduais e da Federação, que constantemente recebem
emendas.
O
presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, presidiu, ontem, a
abertura do I Encontro dos Legisladores Municipais do Maranhão.
Melo
explicou que o evento, sob o tema “A Missão das Câmaras Municipais na
Democracia Brasileira”, terá prosseguimento com encontros regionais, em
locais diversos, e com conteúdos temáticos mais densos e diferentes.
Durante o encontro, o palestrante Samuel Melo, procurador-legislativo da
Prefeitura de São Luís, chamou a atenção para a necessidade de uma
ampla revisão nas leis orgânicas, que, segundo ele, estão
desatualizadas, na sua maioria.
Arnaldo
Melo destacou ainda os desafios que hoje se colocam diante dos novos
legisladores e anunciou que a Assembleia Legislativa estuda a criação de
um Núcleo de Assistência aos Legisladores Municipais do Maranhão, com a
função institucional de promover a interlocução entre o Legislativo
estadual e o universo das 217 Câmaras, e os 2.372 vereadores da próxima e
das futuras legislaturas.
Leis desatualizadas
– O procurador-legislativo da Prefeitura de São Luís, Samuel Melo,
chamou a atenção de todos os participantes para a necessidade de uma
ampla revisão nas leis orgânicas da maioria das cidades maranhenses.
Segundo ele, a maioria esmagadora das cidades não possui leis
atualizadas em relação às constituições estaduais e da Federação, que
constantemente recebem emendas.
“Hoje,
80% das leis orgânicas não estão compatíveis com as demais leis
superiores. Há municípios que falam sobre praias, quando eles nem praias
possuem! Então lei orgânica é a constituição da cidade, a lei maior e
precisa tratar dos problemas da cidade, porque ela é a vida da cidade.
Algumas vezes um município perde recursos porque sua lei orgânica não
está atualizada com as emendas constitucionais”, argumentou o procurador, que proferiu a última palestra no período da manhã do Encontro.
Um dos
exemplos citados por Samuel Melo diz respeito à capital maranhense, que
não possui uma lei específica atualizada sobre meio ambiente. “Hoje,
em nível federal, trata-se de resíduos sólidos, quando anteriormente se
chamava apenas lixo. Essa é apenas uma forma de mostrar o quanto é
importante estar atualizado, para que se possa carrear recursos. Um
município acaba se tornando inviável administrativamente se não estiver
trabalhando ao lado dos estados e do governo federal”, afirmou.
Na parte
mais específica da palestra, o procurador tratou da importância dos
regimentos internos para o funcionamento dos legislativos e como a
sociedade pode participar deste processo, como, por exemplo, participar
de comissões que possam sugerir ou elaborar temas para projetos de leis.
“Há câmaras que preveem isso e até acho importante que haja isso nos regimentos, como forma de melhorar o processo democrático”, disse.
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