sábado, 19 de março de 2011

Sindicato desobedece à Justiça e mantém greve no Maranhão

Paralisação atinge no mínimo 200 mil estudantes no Estado. Desde ontem, cada dia parado representa multa de R$ 50 mil a sindicato
Os professores da rede pública estadual de ensino do Maranhão mantém a paralisação da categoria apesar de uma decisão da justiça maranhense ter decretado a ilegalidade do movimento. Conforme decisão do desembargador Marcelo Carvalho, os professores devem retornar às salas de aula sob pena de multa diária de R$ 50 mil contra a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma).

O Sindicato alega que ainda não recebeu, oficialmente, a notificação da justiça maranhense. No entanto, a secretária-geral e chefe do comando de greve, Janice Neri, disse nesta sexta-feira pela manhã que os oficiais de Justiça chegaram a encaminhar o documento com a notificação destinada ao presidente do sindicato, Júlio Pinheiro. Mas, como ele não estava na sede do Sinproesemma, nenhuma outra pessoa do sindicato quis assinar a notificação encaminhada pela justiça.

A Coordenadoria do Plenário e das Câmaras Reunidas do Tribunal de Justiça, do outro lado, informou que a notificação foi data à Janice Neri e que, dessa forma, o Sindicato já estaria ciente da ilegalidade do movimento grevista.

Em nota oficial, o Sinproesemma confirmou a manutenção da greve até os dias 23 e 24 de março, quando ocorrerão assembléias com os professores onde será definida pela continuidade ou não da mobilização. Ainda por essa nota, o Sinproesemma classificou como abusiva a iniciativa do governo de pedir a ilegalidade da greve. “É mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública”, disse a direção do sindicato.

Com a greve dos professores, estima-se que, no mínimo, 200 mil alunos da rede pública do Maranhão estejam sem aulas nesse momento. A direção do sindicato, no entanto, afirma que a paralisação poderia atingir até 600 mil alunos.

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