Peemedebista tenta censurar uso dos resultados de pesquisa de intenção de voto no Maranhão que apontam para segundo turno
Na reta final pela disputa do governo do Maranhão, a candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ganhou fôlego, colocando em risco a reeleição em primeiro turno da atual governadora, Roseana Sarney (PMDB). Com baixo índices de rejeição, o comunista passou a ser o principal alvo da campanha da peemedebista, que tenta censurar o uso dos resultados de pesquisa de intenção de voto que indica segundo turno para o governo do Estado.
As últimas pesquisas têm apontado o avanço da candidatura de Dino. A possibilidade de Roseana vir a ser obrigada a disputar um segundo turno aumentou - contra o comunista ou contra o ex-governador cassado Jackson Lago, do PDT. Diante do crescimento da oposição, a coligação de Roseana, "O Maranhão não pode parar", entrou com pedido impugnação da pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob a alegação de que há irregularidades no levantamento.
O clima de animosidade entre Roseana e Dino ficou evidente no debate de anteontem à noite promovido pela TV Mirante, afiliada à TV Globo. O comunista partiu para o ataque. "Não é bateu levou. Somos uma candidatura de mudança. Não é ódio", justificou Dino. "Era esperado que todo mundo viesse em cima de mim", disse Roseana.
Ataques. A tendência de subida da candidatura do comunista já havia sido detectada na semana passada, quando o Ibope apontou empate entre Dino e Lago, cada um com 21% das intenções de voto, e Roseana com 46% das intenções de voto. Desde então, a peemedebista empreendeu ataques diretos ao deputado Flávio Dino. A tática da campanha de Roseana é tentar vincular a imagem do comunista à do ex-governador José Reinaldo Tavares, antigo aliado da família Sarney. Zé Reinaldo, hoje no PSB, é candidato ao Senado na coligação de Dino.
Zé Reinaldo foi preso em 2007 durante a Operação Navalha, da Polícia Federal, que investigou pagamento de propina na contratação de obras públicas e levou à queda do então ministro das Minas e Energia Silas Rondeau, ligado ao senador José Sarney (PMDB-AP).
Algemado. O vice-governador e candidato ao Senado, João Alberto, foi escalado para bater em Dino, dedicando parte de seu programa na televisão para promover ataques ao comunista. "Sabe quem está por trás de Flávio Dino? Zé Reinaldo, que foi preso e algemado e sonha votar ao poder na sombra de Dino", alertou João Alberto. Dino se defende. Faz propaganda alardeando que é "ficha limpa".
"Desesperada com o segundo turno, a Roseana ataca Flávio Dino", disse o comunista, em sua propaganda eleitoral. "Leve Flávio Dino ao segundo turno. Ele é ficha limpa", apregoou o candidato.
O conteúdo da propaganda desagradou a Jackson Lago, que corre o risco de ter sua candidatura impugnada pela Justiça com base na Lei da Ficha Limpa. Em 2009, Lago deixou o governo do Maranhão depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou que houve abuso de poder na campanha que o elegeu em 2006. Como foi condenado e perdeu o mandato, o Ministério Público pediu a impugnação da candidatura do pedetista.
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