A briga judicial que trava com o suplente de deputado Luiz Pedro (PTC) pela vaga aberta com a morte de Pedro Veloso, levou o deputado Chico Leitoa (PDT) a fazer um desabafo hoje na tribuna da Assembleia. “Nós, até o último momento dessa legislatura, estamos a enfrentar estas dificuldades provocadas (por ações judiciais movidas por Luiz Pedro). Acho que no mundo civilizado o caminho natural é a busca da lei, mas algumas coisas ultrapassam esses limites”, declarou. Chico Leitoa contou que foi surpreendido na noite de quinta-feira com a decisão do desembargador Jaime Ferreira de Araújo, que determinou o afastamento do pedetista do cargo em favor de Luiz Pedro. O deputado disse que passou a noite em contatos com advogados em busca do “remédio” para reparar o que ele considerava uma decisão equivocada, uma vez que seu mandato estava amparado por uma medida liminar do TSE.
“A prova disso é que hoje pela manhã o mesmo desembargador que concedeu a liminar, verificando melhor a sua documentação e fazendo sua análise, fez o devido reparo, eu que já tinha me despedido aqui da Tribuna, que já tinha comprado uma passagem de madrugada para voltar aqui só depois da posse, acabei tendo que ficar”, afirmou.
O presidente da Casa, deputado Marcelo Tavares chegou a interromper a sessão e marcar uma reunião da Mesa Diretora para decidir a questão. Luiz Pedro foi à Assembleia com a liminar expedida na noite de quinta-feira, que lhe era favorável. Mas Chico Leitoa já estava com nova decisão, onde Jaime Araújo havia reformado sua decisão, em favor do pedetista.
Chico Leitoa avaliou que o episódio serviu para mostrar que sempre haverá de prevalecer o bom senso à Constituição Federal. Ele também fez uma breve avaliação do seu mandato. “Procurei trilhar pelo caminho da correção e da ética como sempre fiz na minha vida, como sempre pautei a minha vida publica, a minha vida particular. Portanto, eu não poderia deixar de nessa sessão de hoje me manifestar”, declarou.
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